quinta-feira, março 22, 2007

Portimão, 18 de Março

Escrevo, agora, o meu primeiro post, quase um ano após me tornar membro desta pequena (grande) família. Desde já vos digo que à altura do convite, apesar de não conhecer o material mais recente de Houdini Blues, a simples razão de saber quem eram, de os conhecer de outras andanças, fez-me aceitar, prontamente, o convite.
Foi longo e penoso, o período que passou sem que eu tocasse com alguma banda, mas propositado. Anteriores experiências fizeram com que me recusasse a tocar com banda alguma (as situações mais absurdas que vos ocorrerem não estarão muito longe), e à excepção de uma ou duas situações, mantive-me firme na minha briga com a música. Foi aí que o João Cordeiro me telefonou, despoletando em mim a chegada tardia a uma conclusão deveras importante: que a minha briga não era com a música, era comigo próprio, e que devia ensinar-me a reagir de outra maneira. Talvez ser adulto não seja assim tão bom. Vive-se melhor criança.
Aqui, vão ler-me todo o género de assuntos. Ai, vão, vão! Tudo o que me ocorrer, publico! (ranger dos dentes)
Agora, o mais importante: o dia 18 de Março, em Portimão. Começou bem mal... Tínhamos um pneu furado. Quando tiramos todo o material que carregámos na noite anterior para o passeio, lá percebemos que não havia pneu extra! Perante a estranheza da situação, socorremo-nos do manual, que parecia gabar-se de nos ter lixado! Encarecidamente, falava de um kit de reparação, num compartimento secreto, onde só faltava o equipamento NBQ. Ainda nos atrevemos a ligar o sacana do aparelho, mas como o concerto estava marcado para Março… (…deste ano…), algo mais substancial que “Máx. 20 km/h – Max. 3 km” era fundamental. Devo referir que o Focus S-Max era o nosso veículo por razões que nos foram alheias. É hábito usar a Vito, ou parecida. Depois do pneu ser arranjado, as horas obrigavam a planos de contingência. O Hugo foi apertado num buraquinho ao lado do amplificador do Gonçalo, aparelho responsável pelo equilíbrio delicado da pilha de material que conseguimos levar.
Apesar das coisas, chegámos ao palco com uma pontualidade quase violenta. Depois do teste de som, ainda deu tempo para o João passar pelas brasas no Continente. Foi em espécie de passeio que esperámos pela hora. Entre “mines”, “colas”, orelhas de porco e o Steven Seagal.
A noite era pouco habitual para o registo da banda, mas não representava obstáculo. Unfair, No One Yet e Ho-Chi-Minh (estiveram muito bem) tocaram antes de nós. Quanto a nós, correu-nos bem. O som de palco era excelente, e o de frente também. Queluz, nota 20 para ti! As pessoas é que pareceram desiludidas por não tocarmos metal… nem sequer hard rock... Mas, mesmo com uma plateia pouco composta, lá houve quem dançasse. Os aplausos mostravam que a aventura não tinha sido em vão. A noite terminou com The Temple, que saudaram a 2ª Feira energicamente. (encolher de ombros)
Como é habitual, ainda fizemos a viagem de regresso , aproveitando para descarregar o material na penumbra da noite. Os meus parabéns ao javali, que lá para os lados de Beja, não morreu; e a nós por não chocarmos com ele. Quem o ensinou a não se mexer quando a luz lhe bate nos olhos, foi um gajo esperto.
Mais não digo.

João Pedro

2 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem moço, começaste tarde mas começaste bem!
Pior ando eu que nunca mais publiquei nenhum post...
Então até sábado (em cima do pálco).

Johnny

Anónimo disse...

eu tive la em portimao a ver o concerto, e foram a melhor banda a actuar. o pessoal que tava la é um bocado quadrado e entao so ouvem um tipo d som, enfim. parabens pelo som